VIAJAMOS A LISBOA EN OTOÑO CON DIAS QUE VOAM
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A surpresa da saída. De um espaço interior, frio, abro a porta para a cidade. Calor de aconchego que traz para a rua, sem pressas, moradores junto aos caixotes de fruta, dispostos ao longo do passeio; alguns conversam em bancos de jardim, relegando relógios a uma inutilidade absoluta.
Decido regressar a pé, caminhada de uma hora, para saborear a temperatura amena (já que – pasme-se – é o tempo de espera para o autocarro). A luminosidade da tarde, ouro líquido, apazigua. Consegue-se viver a sensação (não pensamento) do sol de outono. A tarefa menos conseguida é cessar ideias, ao olhar as árvores, testemunhas imperturbáveis dos tempos. É apaziguadora a forma como elas mudam a coloração das folhas, como as deixam cair, despojadas e, meses mais tarde, se deixam visitar por pássaros que quase nascem dos seus ramos, prolongando-os, como um dia escreveu o poeta.
Ouro líquido – penso – cessando em consciência posteriores associações.
Envíe sus textos y comentarios a lusodescendientes@yahoo.com.ar
Lisboa sob o sol de outono
A surpresa da saída. De um espaço interior, frio, abro a porta para a cidade. Calor de aconchego que traz para a rua, sem pressas, moradores junto aos caixotes de fruta, dispostos ao longo do passeio; alguns conversam em bancos de jardim, relegando relógios a uma inutilidade absoluta.
Decido regressar a pé, caminhada de uma hora, para saborear a temperatura amena (já que – pasme-se – é o tempo de espera para o autocarro). A luminosidade da tarde, ouro líquido, apazigua. Consegue-se viver a sensação (não pensamento) do sol de outono. A tarefa menos conseguida é cessar ideias, ao olhar as árvores, testemunhas imperturbáveis dos tempos. É apaziguadora a forma como elas mudam a coloração das folhas, como as deixam cair, despojadas e, meses mais tarde, se deixam visitar por pássaros que quase nascem dos seus ramos, prolongando-os, como um dia escreveu o poeta.
Ouro líquido – penso – cessando em consciência posteriores associações.
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