Un ejemplo. Lisboa: 60 años con energía limpia

Desde 1951 la ciudad de Lisboa utiliza energía hidroeléctrica. Antes se importaban 250 toneladas anuales de carbón para abastecer la central, generando una gran contaminación. Reproducimos parte de la nota de hoy de Correo da Manhá

Lisboa com electricidade limpa há 60 anos

No domingo, 21 de Janeiro de 1951, a inauguração da barragem do Castelo de Bode fez chegar energia à capital em nove minutos

Por:João Vaz

No Estado Novo (1926-1974), a industrialização era incipiente e condicionada. O aumento da produção hidroeléctrica só aparece como aposta no I Plano de Fomento aprovado em finais de 1952. A barragem de Castelo de Bode foi, porém, construída antes, lançada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45), possivelmente por força das dificuldades e custos da importação de carvão com que se alimentavam os geradores da Central Tejo, em Lisboa, junto à estação fluvial de Belém. A realidade é que ficou como a maior obra do regime ditatorial até à ponte sobre o Tejo, de Lisboa a Almada, inaugurada em Agosto de 1966. E trouxe duas enormes vantagens só apreciadas devidamente muitos anos mais tarde: fornece energia eléctrica limpa, produzida sem poluição, e abastece de água mais de 2 milhões de portugueses residentes na Grande Lisboa.

Há 60 anos nada disto foi destacado. Após tempos de crise económica e política e ainda com Óscar Carmona vivo e na Presidência da República, a inauguração da barragem de Castelo do Bode foi uma grande festa do Estado Novo. Até Oliveira Salazar, condutor do regime que raramente saía da residência no Palácio de São Bento, foi às terras do Zêzere ver o enorme dique e assistir à ligação dos geradores activados a água.

Nove minutos depois do arranque a electricidade assim produzida chegava a Lisboa. Era energia limpa, gerada sem poluição. E permitiu desactivar a Central Tejo, depois aproveitada para Museu da Electricidade. A Central funcionava a carvão, combustível fóssil muito poluente. Gastava 250 toneladas de carvão por ano que se tinham de importar.

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