FIN DE AÑO CON POCA CONVOCATORIA TURISTICA EN ALGARVE
"A crise está aí e veio para ficar", comenta o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas. O representante dos hoteleiros acha que o facto de o fim do ano calhar a um sábado, sem direito a "pontes" para fazer mini-férias, não estimulou as propostas de promoção para fazer "férias cá dentro". As previsões apontam para que a ocupação fique por metade daquilo que acontecia no tempo em que o réveillon era sinónimo de smoking e vestidos com lantejoulas, orquestra a tocar e muito champanhe.
Algumas das unidades hoteleiras de cinco estrelas - como o Hotel da Quinta do Lago - estão mesmo encerradas. "A situação tende a agravar-se", enfatiza Vítor Faria, ligado a este grupo hoteleiro e vice-presidente da Associação dos Industriais de Hotelaria e Similares do Algarve. A subida da taxa do IVA no golfe, de seis para 23%, diz, "representa mais uma machadada nas tentativas para reduzir a sazonalidade". Por este andar, prevê, "o Algarve está condenado a fechar de Novembro a Março".
Quem percorre a Baixa de Albufeira, à procura da conhecida movida, corre o risco de sentir a onda da solidão a bater-lhe no pensamento. Na cidade que reclama para si o estatuto de "capital do turismo" não há pessoas na rua, os bares e restaurantes estão encerrados e à noite só as gaivotas mostram que ainda têm pio. Durante o Inverno, dizem, é sempre assim. Só quando chega o réveillon é que a festa dá uma sacudidela e o povo, de novo, se agita.
Mas, este ano, o Algarve demitiu-se de rivalizar com a Madeira, em termos animação e fogo-de-artifício. À última hora, o município conseguiu mobilizar os empresários a investir 80 mil a 90 mil euros num concerto tendo Áurea como cabeça de cartaz, mas o programa de animação ficou muito aquém das edições anteriores.
Jornal PUBLICO
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