COMIENZAN A CELEBRAR LOS 50 AÑOS DE LA COMUNIDAD PORTUGUESA EN ALEMANIA


ENTREVISTA do PORTUGAL POST
"50 ANOS COMUNIDADE, 50 ANOS MILIONÉSIMO “GASTARBEITER"

"Os 50 anos do milionésimo “gastarbeiter” vai despertar muita atenção. O Armando Rodrigues de Sá, o milionésimo emigrante, tinha chegado à estação, cansadíssimo, quando foi chamado por altifalantes, assustou-se e escondeu-se, com o medo que o queriam mandar novamente para trás, ou que a Pide (policia política do governo de Salazar) o viesse a perseguir. Pouco mais tarde foi rodeado por um grande número de jornalistas, e recebeu a mota zundapp e um ramo de flores. Era a „Willkommenskultur“ (cultura de bem receber) de 1964 e como estamos em 2014? Na Alemanha volta a haver uma grande falta de mão de obra especializada. E volta-se a dizer „willkommen!“ (bem-vindo)".


PP: Quer explicar o que é, como e com quem está a ser organizado o evento "50 ANOS COMUNIDADE, 50 ANOS MILIONÉSIMO “GASTARBEITER"?

Nelson Rodrigues: Agradecemos o interesse do PP em divulgar o evento 50 anos comunidade e 50 anos milionésimo “gastarbeiter” no dia 13.09.2014 em Colónia do núcleo organizativo (VPU-Federação dos Empresários Portugueses na Alemanha, Cáritas de Colónia e o grupo no facebook „O Comunidade Alemanha“). Achamos, com esta iniciativa criar um espaço para que a Comunidade festeje a efeméride dos 50 anos. Desejamos ainda dar continuidade da imagem positiva de integração da Comunidade que ao longo destes 50 anos sempre soube projectar, sem desprezar a sua identidade de origem.
Começamos a contactar parceiros estratégicos em Colónia e Düsseldorf para concentrar sinergias podendo assim apresentar um evento da comunidade para a comunidade.
Abrimos ainda a possibilidade a outras associações, instituições e pessoas particulares juntarem-se a esta iniciativa.

Rogério Pires: Nas últimas cinco décadas a comunidade portuguesa na Alemanha passou por um profundo processo de mudança. Os emigrantes da chamada primeira vaga diferem da nossa geração de emigrantes que ultimamente estão a chegar à Alemanha em consequência da crise económica na qual Portugal se encontra.
Neste contexto parece-nos ser importante que as comemorações passem pelo portão de entrada para a emigração portuguesa na Alemanha, nomeadamente a estação de caminhos de ferro de Colónia Deutz. A este local chegaram muitos milhares de portugueses e foi aqui que as autoridades alemãs receberam o português Armando Rodrigues de Sá, o emigrante “milionésimo” a chegar à Alemanha, sendo, por isso, contemplado, com uma motorizada Zundapp que se encontra actualmente exposta no museu “Haus der Geschichte” em Bona.

2 - Quer dizer que este evento que sai do âmbito das iniciativas organizadas sob a tutela dos Consulados ou é da responsabilidade do assim chamado Grupo Centro?

Nelson Rodrigues: Este evento tem a tutela da Comunidade, das bases, que é realizado com o apoio das instituições do País de acolhimento acima mencionadas. O nosso evento tem caracter nacional, mas enraízado localmente, em Colónia. O Armando é o prototipo dos emigrantes que após o tratado de recrutamento entre a Alemanha e Portugal assinado em 1964, saíram de Portugal a caminho da Alemanha, para um destino desconhecido, cheios de receios e insegurança. Foram os pioneiros. A nossa organização deseja dar-lhe o sentimento de reconhecimento e de consideração. Em memória do Armando e de todos os pioneiros temos em mente colocar uma placa alusiva na estação Köln Deutz.
3 - Com que apoios conta e quem participa?
Nelson Rodrigues: Contamos com o apoio de toda a Comunidade Portuguesa. Conseguimos ao longo dos anos criar ligações com as instituições deste País. Logo de início a „BDA“ (Bundesvereinigung der Deutschen Arbeitgeberverbände, a Federação dos Empresários na Alemanha) fomentou a imigração para a Alemanha. A VPU faz parte da rede empresarial da Alemanha e tem as melhores relações com este organismo. O Manuel Campos, membro do team Comunidade Alemanha (página no facebook) irá estabelecer os contactos perante a DGB (Deutscher Gewerkschaftsbund). As Cáritas que desde do início acompanharam os portugueses a nível de assistência social. Requeremos também o apoio da autarquia de Colónia.

4 - Acha que este evento deve ser o ponto alto das comemorações dos 50 anos da comunidade na Alemanha?
Rogério Pires: Não se trata se deve ser ou não ser o ponto alto das comemorações e nunca foi a nossa intensão em o ser. Desejamos sim divulgar e promover a boa imagem dos portugueses na Alemanha, que sempre soube ligar à integração os laços culturais da sua origem. Achamos que existem muitos motivos para festejar os 50 ANOS de Comunidade Portuguesa na Alemanha.

5 - Tanto quanto sabemos, está a ser organizado um Colóquio em Colónia também para assinalar os 50 anos. Quer explicar-nos o que vai acontecer?
Rogério Pires: Este colóquio vai servir para refletir o que aconteceu nos últimos 50 anos, nomeadamente na primeira fase da emigração, as biografias dos pioneiros. Vai servir para destacar os potenciais económicos, sociais, culturais e associativos. E refletir sobre a nova emigração para a Alemanha e os paralelos. Muito importante será definir o papel futuro da Comunidade perante Portugal e perante a sociedade intercultural na Alemanha. Queremos continuar a ser uma comunidade organizada e determinada, consciente dos seus potências próprios. A VPU irá oferecer todo apoio possível em destacar o papel dos empresários portugueses na alemanha.

6 - Quem coordena o colóquio?
Nelson Rodrigues: A coordenação geral é da VPU, com a comparticipação do núcleo organizativo. Iremos documentar todo o colóquio numa publicação a cargo de Helena Ferro de Gouveia (jornalista) e Joaquim Ferreira (fotógrafo profissional), membros do „team Comunidade Alemanha“.

7 - Como é que a comunidade vai ficar ao corrente das iniciativas. Quais os meios a utilizar para a sua divulgação?

Nelson Rodrigues: Congratulamos o PP para o seu vigésimo aniversário e contamos com o seu apoio assim com o apoio de toda a comunicação social. A página no facebook do Comunidade Alemanha que é muito frequentada divulga diariamente toda a informação.

Os 50 anos do milionésimo “gastarbeiter” vai despertar muita atenção. O Armando Rodrigues de Sá, o milionésimo emigrante, tinha chegado à estação, cansadíssimo, quando foi chamado por altifalantes, assustou-se e escondeu-se, com o medo que o queriam mandar novamente para trás, ou que a Pide (policia política do governo de Salazar) o viesse a perseguir. Pouco mais tarde foi rodeado por um grande número de jornalistas, e recebeu a mota zundapp e um ramo de flores. Era a „Willkommenskultur“ (cultura de bem receber) de 1964 e como estamos em 2014? Na Alemanha volta a haver uma grande falta de mão de obra especializada. E volta-se a dizer „willkommen!“ (bem-vindo).

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