CORACAO NOMADA DESDE USHUAIA, CON MOMENTOS DE SU VIAJE POR LA PATAGONIA
De Ushuaia com amor
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Rodeada de montanhas escrevo. Vejo o branco dos picos nevados descendo até encontrar as primeiras árvores do bosque que antecede o começo das casas de madeira com telhados de zinco. Sentada na beira do lago, vejo os patos e gaivotas fazerem voos rasantes no espelho cristalino da água e admiro a precisão com que o cinzel da Natureza esculpiu os cumes agrestes dos montes que rodeiam esta cidade de sonho - Ushuaia.
Ushuaia |
Neste vale abençoado posso olhar por cima das montanhas e ver a estrada percorrida até aqui. Olho e vejo as curvas do caminho e os muitos quilómetros em que ele seguiu sempre em frente. A vista alcança, também, a balsa que nos trouxe até aqui cruzando o estreito de Magalhães e recordo a conversa que tive com o maestro da cozinha da embarcação: 'Sou do país de onde era o homem que deu o nome a este estreito', contei - enquanto aquecia a água para o mate -, ao que ele, perante o meu ar desapontado, respondeu, : 'Ah, Espanha!'.
O Patagonia, ferry-boat que faz a travessia do Estreito de Magalhães |
Entrevejo, ainda, os 106 quilómetros de estrada de cascalho que fizemos pelo Chile até chegar ao segundo posto fronteiriço onde, mais uma vez, entrámos na Argentina.
Antes disso, escuto a conversa que tivemos com Carlos Santos, de Puerto Deseado, onde nos contou sobre as guerras entre os tehuelches, povo originário argentino, e os mapuches, aborígenes chilenos invasores. De Puerto Deseado, uma ponta de terra entre rio, o Deseado, e o mar, recordo a amabilidade da senhora que, tendo-nos ouvido falar na rádio, se deslocou até ao local para nos presentear com quatro antigas setas indígenas de pedra talhada, mas também o casal, recolector de fósseis, que nos convidou para sua casa e não nos deixou sair sem trazer vários exemplares de ouriços fossilizados e bocados de madeira petrificada.
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