GRANDES COCINEROS PORTUGUESES EN DISTINTOS PAISES

La revista VISAO ha reflejado algunos aspectos de la vida profesional de notables chef portugueses que están trabajando en diversos países del mundo. Es otro aspecto de la múltiple presencia portuguesa en los lugares más insólitos.

RICARDO FERREIRA
Um nómada em Sydney

Sportinguista ferrenho, Ricardo Ferreira terminou em 2008 a sua formação na Escola de Hotelaria e de Turismo de Lisboa. Saliente-se os estágios com Leonel Pereira, na altura no Sheraton de Lisboa, Michele Bono no Il Gatto Pardo (Dom Pedro Palace Hotel) e o tri-estrelado Martín Berasategui, em San Sebastian (Espanha). Já profissionalmente passou pelo Midori e Arola (ambos no Penha Longa Resort); The Yeatman, ao lado de Ricardo Costa; Hotel Campo Real, em Torres Vedras. A sua primeira grande aventura foi o portuense Shis, na Praia do Ourigo. Mas a debilitada situação económica do País levou-o a emigrar para a Austrália. Antes de aceitar a proposta dos irmãos Sandra e José, para abrir um restaurante português, trabalhou no Quay (29.º melhor restaurante do mundo, no ranking feito pela revista Restaurant) e no Uccello (com uma espécie de estrela Michelin australiana). Tem apenas 25 anos.
JOSÉ JÚLIO VINTÉM
Um alentejano no Recife

De cozinha, sabia o que tinha aprendido com os pais e os avós. José Júlio Vintém, 40 anos, frequentou o curso de Técnico Agrícola na Escola Profissional de Alter do Chão. Nessa altura, descobriu como fazer outros petiscos com a D. Benedicta, cozinheira e dona da pensão de estudantes onde ficou hospedado.
Foi em Portalegre, a sua terra natal, que em 2001 abriu um restaurante, batizado de Tomba Lobos, a sua alcunha. No final de 2012, antes que o IVA e a crise lhe fizessem mais mossa, José Júlio arrumou as facas e rumou ao Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco, para abrir o Vintém. A sua integração no Brasil está facilitada, pois a buchada é equivalente ao bucho recheado, o sarapatel é a sopa de cachola, a rabada é o rabo de boi estufado, a feijoada tem carnes parecidas às portuguesas.
JERÓNIMO FERREIRA
Chefe de brigadas

Natural de Avintes, Jerónimo Ferreira, 47 anos, queria ser arquiteto. Mas a vontade de desbravar o mundo fê-lo querer ganhar dinheiro. Aos 16 anos, apoiado pelo tio-avô, foi trabalhar para o restaurante Casa Branca, em Vila Nova de Gaia. No Algarve, os seus horizontes culinários abriram-se depois de ter trabalhado com Ivan Cadiu no restaurante da Quinta do Lago. Seguiu-se experiência profissional em Gibraltar, Londres, Funchal e Amesterdão. De regresso a casa, deixou a sua marca no Forte de São João e no Porto Novo (do hotel Sheraton Porto & SPA). Familiarizado com as brigadas das cozinhas dos hotéis, Jerónimo não conseguiria estar fechado num escritório sem a criatividade e a descoberta. "Ser chefe de cozinha é a mesma coisa que ser um artista", considera. Atualmente no Rio de Janeiro, deixa a promessa: "a relação com a gastronomia portuguesa será sempre uma bandeira que transportarei comigo."
GEORGE MENDES
O refogado é a base de tudo

Em Nova Iorque, perto do edifício Flatiron, ex-líbris do bairro de Manhatan, entre a 5.ª Avenida e a Broadway, todos estão rendidos ao arroz de pato, ao bacalhau à Brás, às várias caldeiradas e ao camarão ao alhinho preparados por George Mendes, 40 anos. Abriu o Aldea em 2009 e passado um ano foi distinguido com uma estrela Michelin. Aldea é o título de um poema que o avô lhe escreveu, numa homenagem à Aldeia das Rosas, perto da Foz do Dão (distrito de Viseu) de onde a sua família emigrou na década de 1960. Com a mãe e com as tias aprendeu as bases, onde o refogado feito com cebola, azeite, alho e colorau ganha destaque; David Bouley, Alain Ducasse e Alain Passard enriqueceram a sua formação, consolidada no Culinary Institute of America; admira Maria de Lourdes Modesto e Ferran Adrià. George gosta de vir a Portugal, duas a três vezes por ano. Um livro sobre o Aldea é o próximo projeto.
JOAQUIM FIGUEIREDOPassagem marcante por Portugal
Começou a trabalhar aos 14 anos numa padaria-pastelaria em França. Joaquim Figueiredo, 52 anos, chegou a Portugal em 1990, já com o curso da escola de hotelaria francesa. Nessa altura precisou de re-encontrar as suas raízes beirãs (Fornos de Algodres), conhecer o país e as pessoas. Por cá, trabalhou no Hotel Rex e no Hotel Ritz, com o chef Helmut Ziebell. Deu aulas na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. Em 1995, liderou a cozinha do Consenso, em Lisboa, e a seguir abriu o Café da Lapa, uma das suas melhores recordações. Mil novecentos e noventa e oito foi um ano em grande - recebeu o galardão de cozinheiro do ano e fez parte da equipa inicial da Bica do Sapato, em Lisboa. O trabalho de consultor gastronómico das Pousadas de Portugal antecedeu a passagem pela reabertura do Tavares, em 2004.
MANUEL VILELA
Uma questão de tempo

As ervas e as especiarias africanas, a noz-moscada do Brasil e sal-marinho português salpicam a comida "rústica requintada" preparada por Manuel Vilela, 46 anos. Para Manny, como é conhecido em Toronto, o timing é a chave para se cozinhar peixe e marisco. No Chiado, o peixe vem todo dos Açores, onde as águas são mais limpas e frias. Aberto em 1991, pela mão do self-made man Albino Silva, um transmontano emigrante desde os 15 anos, o Chiado já recebeu distinções de revistas como a Gourmet Magazine ou a Bon Appétit, nomeadamente com referência a "local de visita obrigatória". Ali, encontra-se a maior garrafeira de vinhos portugueses de Toronto, ou não fosse o proprietário um fervoroso apreciador dos tintos e brancos lusos.

Revista VISAO


Ler mais: http://visao.sapo.pt/chefs-portugueses-espalhados-pelo-mundo=f719565#ixzz2OSjS2Xuo



Envíe sus textos y comentarios a lusodescendientes@yahoo.com.ar

Comentarios

Entradas populares