RECORDANDO LOS CINCUENTA AÑOS DE LA COLECTIVIDAD PORTUGUESA EN ALEMANIA


ANTÓNIO HORTA – A ENTREVISTA

Há 50 anos, em Março de 1964, os governos de Lisboa e Bona assinaram o chamado “Acordo relativo ao recrutamento e colocação de trabalhadores portugueses na Alemanha”. Em vésperas da data histórica, 17.03.2014, apresentamos a entrevista que fizemos ao António Horta de Gelsenkirchen, a cidade do FC Schalke.

TCA: Qual foi o momento pessoal ou da Comunidade que nos ultimos 50 anos o mais marcou?

António Horta: Muitos, mas um deles foi o de conhecer há uns vinte anos um português de idade bastante avançada numa noite de fados que organizei e o qual me confidenciou que há várias decadas que tinha cortado todas as relações com a família, com portugueses e com Portugal. Ao ler no jornal sobre a noite de fados, decidiu vir assistir, quando terminou despedi-o com a troca do cartão de visita e muito emocionado agradeceu-me ter podido assistir áquela noite de fados magnifica. Passado uns dias a esposa alemã pediu-me se podia localizar a familía do marido em Portugal, sobre a qual apenas sabia que as duas irmãs viviam em Lisboa, o marido tinha falecido.
Consegui localizar as irmãs, as quais na casa dos 80 anos vieram ao funeral do irmão. Mais tarde a esposa mostrou-me as reliquías que o falecido marido guardava em vida numa vitrina, o cartão de sócio do Benfica, quando era jovem e um disco de Fados da Amália Rodrigues. Podemos cortar o contacto ou relações, com tudo e mais alguém, mas nunca as raízes de sermos portugueses.

TCA: Resumindo os 50 anos de Comunidade qual seria o título que daria a este capítulo?

A.H.: Tendo como base a vida desse portugues e muitos outros por esse mundo: “valeu a pena emigrar”!

TCA: Qual é a pessoa da Comunidade que gostaria destacar?

A.H.: O inesquecível grande homen e amigo RUI PAZ, pessoa que tinha uma simplicidade e respeito pelas ideias dos outros, dificil encontrar neste mundo.

TCA: Pode nos confiar um desejo para o futuro ou uma mensagem para a Comunidade?

A.H.: Que cada um possa viver em liberdade e com dignidade no cantinho onde nasceu.

TCA: Um pouco sobre a sua biografia...

A.H.: Nasci no Alentejo, cresci no Barreiro e envelheci na Alemanha, sou pai orgulhoso de dois filhos e festejo as festas cristãs e muçulmanas.
Estive vários anos activo no associativismo, assim como estou há vários anos activo na política municipal. Sempre ajudei e ajudo a quem me procura, e no decorrer dos anos aprendi que: “A quem tem fome, deve-se dar uma cana para pescar, mas nunca peixe”.

TCA: Agradecemos a sua disponibilidade de nos ter dado a entrevista.
 .

Envíe sus textos y comentarios a lusodescendientes@yahoo.com.ar

Comentarios

Entradas populares