En Portugal también ha polémica por el censo

Censos ‘esconde’ falsos recibos

A polémica está instalada. A pergunta número trinta e dois do inquérito dos Censos 2011 tem um preâmbulo no qual se diz que quem estiver a recibos verdes, mas tenha horário de trabalho, um local fixo de trabalho, hierarquia definida, deve responder "trabalhador por conta de outrem".

Por:Cristina Rita

O recenseamento da população e da habitação portuguesa começa a ser realizado já no próximo dia 21 de Março, mas a forma como está orientada a resposta a esta questão não merece dúvidas a Rita Rato, do PCP: "É esconder a realidade dos falsos recibos verdes".

Para o Instituto Nacional de Estatística, o problema não se coloca: "Em todos os censos anteriores se fez assim", afirmou à Lusa o responsável pelo gabinete do Censos, Fernando Casimiro. Em seu entender, "vai dar-se uma leitura completamente correcta em relação àquilo que são as recomendações internacionais para essa matéria".

Mais de 77 mil portugueses trabalhavam, no final de 2010, com recibos verdes. A população com menos de 34 anos e licenciada é a mais afectada. Por sua vez, o Eurostat contabilizou em Dezembro que mais de um milhão de portugueses tinha vínculos precários. Portugal tem a terceira taxa de contratos a prazo mais alta.

"O que tipificámos foi como é que deviam ser classificadas as pessoas cujo modo de pagamento é um recibo verde e quais as condições a que deveriam obedecer para serem classificadas como trabalhador por conta própria ou de outrem", defendeu Fernando Casimiro.


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